A cidade não dorme
Eu também não durmo
É que eu sou a cidade
E como tal, só produzo no caos
Eu me defendo com a minha lança
Caboclo fere se mexer com ele
Tem respeito mesmo sem armada
Porrada estanca em Copacabana
Senzala ferve, olhares tezos de intenção
Capatazes rondam a cidade
Oferecendo, ao nervo, medo e agressão
A cidade não dorme
Eu também não durmo
É que eu sou a cidade
E como tal, só produzo no caos
Eu me defendo com a minha lança
Caboclo fere se mexer com ele
Tem respeito mesmo sem armada
Nem sempre uso os bens que ela oferece
Dos periféricos eu não vou mais além
Olhando torto a infantilidade
Que eu estupro no olhar de quem
Entope os vazos das casas bacanas
E cata o caco das auréolas santas
Se entorpecem mas não se enganam
Porrada estanca em Copacabana (3x)