Vem à noite, e o corpo vai andar em círculos
E cai sentado outra vez, numa mesa de bar
Ganho espelho, velhos olhos de insônia
E a lucidez uma garrafa do conhaque mais vulgar
Da tua alma eu quero santa devoção
Hoje sem vida o meu ego vai te amar
Um beijo quente que me abra os poros
Pra que eu sangre toda essa solidão
E se a noite abriga, eu quero alguém
Que me leve de vez essa dor
Eu me condeno e mato o que você deixou
E me desfaço do que pode te trazer
E uma cena que não sai dos meus sentidos
Mais uma noite viva, viva