Eu sou sestroso eu sou
Sou um parafuso colado,
Eu sou brasileiro.
Sempre finjo que vou mas fico.
A minha porta é uma moldura
Do luar sobre as acácias.
Do beija flor beijando, ao sol,
Das matas virgens refletidas nos olhos dela.
Sou brasileiro e ardiloso , fora,
E dentro da noite, um arqueiro,
Fico a mirar o cais do rio.
Na gloriosa solidão dos gritos de araras,
Macilento,
De medo de me dar amando