Chamamentos de amor pelo silvo
Deixa o coração em polvorosa
Ficam os nervos de flor em pele
Com as mãos estiradas, em oferta.
Uivos de amor, quando é saúdo
Um cio de ardores pelo olhar
Um raio imprevisto, um pasmo
De não se querer acordar.
Amor será te amar, vitória!
Ou se volta a mão sem nada
Ou se fica aí por dentro
Latejando desarmado.
Quais das feras, a mais temida,
A onça no seu grunhido,
O cravo no escuro sumido,
Quem mais te bota medo?
E quem mais tira
Da nossa coragem inconsiderada
Dos nossos jeitos arquétipos,
Terá um mais presente e omisso,
Mas à mostra e invisível,
Que o amor.
A dor que queima e abrasa,
Um ferino que não cala
A ponta perto, o arpão.