Todos os ouvidos
já ligados em todos as horas
todos os nervos a serviço do sol
até o rádio na cabeça acordou
escutando o grito
das antenas eternas
como no intervalo das marés
o que tudo o tempo todo
se transforma
e o que o vento vem trazendo no caminho
e até na incerteza do caos o que se revela
elétrica avenida
o ofegante rádio já anuncia
o carnaval do fim do mundo
o apocalipse sempre admiral
suspendendo o chão até a altura da espera
no expresso da elétrica avenida
e até na incerteza do caos o que se revela