Tenho vinte e tantos anos
Um coração que perdeu as contas
Tenho vinte e tantos anos
Estrela guia de três pontas
Tenho vinte e tantos anos
Perdas e danos, poeira de estrada
Tenho vinte e tantos anos
Fui quase tudo, sou quase nada
Sou só soluço, apenas pena
E a consciência que conhece o gosto
Só um impulso e uma centena
De lágrimas no rosto
Sou só tristeza e a alegria
De ter um violão ao lado
Pouca certeza e a ironia
De cantar desafinado