Sou brasileiro
Sou um menino guerreiro
Mas um pobre passageiro, nesse tempo a navegar
Fui bem criado com feijão, cuscuz torrado, mas esse tempo malvado quer mesmo é me derrubar
Feito um poeta, feito um poeta maldito eu canto, berro, choro e grito, mas não deixo me apagar
A minha boca feito louca beija a tua, mas a solidão da rua é quem quer me devorar
E corre o rio, corre pro mar, que também corro, corro sem parar
Alceu Valença diga lá
Por onde anda teu espelho cristalino, por onde cristo este espelho andará, mostra esse espelho para esse povo tão sozinho, pra que o caminho espelho venha iluminar.