Há muitos anos passados na cidade Barra Mansa
Morava um fazendeiro por nome Quirino França
Tinha uma filha solteira que se chamava Constância
Namorada do Paulino desde o tempo de criança
Pensa de se casar, tinha bastante esperança
Paulino era apaixonado pela morena de trança
Quando foi um certo dia, Constância disse ao Paulino
Eu acho que já é tempo de unir o nosso destino
O moço criou coragem e foi falá com o Seu Quirino
Mas ele arrespondeu com cara de assassino
Minha filha é pra casá mas é com moço granfino
Não casa com pé-rapado, os papel eu não assino
O fazendeiro Quirino homem ruim e perigoso
Por ser homem de dinheiro fez um plano temeroso
Perseguiu o pobre moço tão leal e amoroso
Mandou prender o Paulino como fosse um criminoso
O pobre moço, coitado, foi ficando desgostoso
Morreu sem dever um crime, por ter um choque nervoso
Dava pena de se ver a pobre moça reclamá
Já morreu o meu amor, ai de mim o que será?
Não me casei com Paulino com outro eu não vou casá
Paulino você vai embora só que eu não vou ficá
Foi a pé no cemitério seu enterro acompanhá
Pra ela representava que ele ia ressuscitá
Na noite do mesmo dia que o Paulino sepultou
Constância desesperada no cemitério voltou
Ferramenta e veneno consigo ela levou
Desenterrou o Paulino e o veneno ela tomou
Dentro da sepultura dois cadáveres ali ficou
Foi um romance de amor de dois coração que amou