As mãos cansadas de quem trabalha
E não recebe nem o seu pão.
O olhar distante que só procura,
Em meio as mentes, um coração.
Fere, o silêncio, os meus ouvidos,
Que só esperam uma canção
Que diga aos homens, o que eu te digo,
Que lhes devolva a fé no amor.
Não é aos fracos que dirijo minhas palavras,
Eu digo aos fortes que é hora de lutar.
Que o coração sustente a mão que leva a espada.
Que a força nasça da vontade de mudar.
E é só aos simples que eu empresto meus ouvidos,
Os poderosos já não podem me escutar,
Sua ciência lhes prendeu aos seus sentidos.
Sabem de tudo e nada podem explicar.
Corre! Corre! Vai meu filho
Conta ao mundo o que eu falei.
Leva a paz ao homem puro,
Despe aqueles falsos reis.
Belas palavras, mil teorias.
Muito se fala, pouco se faz.
O que é mais simples do que um sorriso?
O que é mais nobre do que ajudar?
Fere o orgulho, dos que duvidam,
o inexplicável além do céu.
Não há ciência, filosofia,
Que diga ao homem o que ele É.
Não é ao ego que empresto meus sentidos,
Pois é por ele que esquecem quem eu sou.
Erguem estátuas pra dizer que ainda vivo,
Mas estou morto em seus pobres corações.
Na casa humilde do mais pobre, do mais simples,
No homem rico, que nem tem o que comer,
Está a fonte do que o mundo mais precisa.
Não nas mentirars do sistema desses reis.
Corre! Corre! Vai meu filho
Conta ao mundo o que eu falei.
Leva a paz ao homem puro,
Despe aqueles falsos reis.
Corre! Corre! Vai meu filho
Conta ao mundo o que eu falei.
Leva a paz ao homem puro,
Despe aqueles falsos reis.
Vejo castelos, mas não vejo um motivo.
Ouço "poetas", mas não sinto emoção.
O mundo é belo, mas o homem corrompido,
Por corromper o que nem cabe em suas mãos.
Vejo a esperança nas crianças que eu envio
"Não tenham medo de enfrentar este dragão"
Muitos chamados não serão os escolhidos.
Cabe a vocês guiar a luz na escuridão.