Por quem me tomas, demente?
Achas que por tua boca eu morro?
Que o teu sorriso é letal ou coisa que o valha?
O que pensas dessa tua vida tosca?
Deixa-me ir! deixa-me! (bis)
Não turves o meu desejo puro com a tua lascívia torpe!
Só o que tens é carne e eu sei
Não, não tentes ir ao fundo da minha alma!
Não te reconhecerei!
Tens muito o que aprender, nada sabes de nada!
Deixa-me ir! deixa-me!
Deixa-me ir! deixa-me!
Estúpida criatura, então não sabes?
A tolice é parceira da pretensão!
Tua urgência não me compra nada!
Esquece-me, eu nunca lembrei de ti!
Deixa-me ir! deixa-me!
Deixa-me ir! deixa-me!
Deixa-me ir! deixa-me!
Mostra-te, pois
Não tenho medo
Se o teu disfarce nunca foi segredo
Deixa meu corpo, larga minha alma
E podes vir de lobo, não o temerei!
Deixa-me ir! deixa-me!
Deixa-me ir! deixa-me!
Não conheço a fome dos teus dentes
Nem a força da tua pata
E nunca, nunca, ouviu bem?
Nunca, nunca conhecerei
Deixa-me ir! deixa-me!
Deixa-me ir! deixa-me!
Deixa-me!
Deixa-me!