Romances
(Milton Primo/ Herculano Neto)
E como não fingir que me tornei
Um mero arlequim
Que termina
A noite assim
Sem ter mais?
E se não consigo gravitar
Sobre teu corpo e teus pêlos,
Grafito o teu nome nos muros
Dessa cidade vã
E nos espelhos onde deixo
A imagem que pintei.
Quantos romances podem morrer
No silêncio, no reverso,
No egoísmo da paixão?
Quantos romances podem nascer
Nos versos da minha canção,
Nas margens do coração?