O céu vai desabar, as colunas sucumbir,
As pessoas vão gritar, ninguém irá ouvir.
Essa indiferença me faz diferenciar,
Entre a obediência e a arte de encarar.
Supremacia e omissão, regra social,
Não verei a perversão, tornar-se natural.
Ali terei que resistir,
Pro meu refúgio irei fugir,
E eu fujo... Fujo pro meu refúgio.
A Fortaleza de tijolos,
Me protege desses tolos,
Que se vendem por papel
E esperam de troco o céu.
No fanatismo aprendi
Mil maneiras de iludir,
Estimular a ignorância,
Contribuir com a ganância.
Mas a trincheira vai nos preservar,
A última ceia não foi num altar.
Contra as mentiras que vão nos contar,
Só o próprio Cristo pra nos salvar.
Peço a proteção do Nosso Senhor,
Porque contra a dor só vence o amor,
E contra a morte que nos caça,
A Virgem Maria nos abraça.
Recorro à crença mais uma vez,
Sem a "igreja" que tanto fez,
Rezando o credo e queimando os bruxos,
Com seus tesouros e tantos luxos,
Diferente farei, nada tenho a oferecer,
Mas no meu refúgio te honrarei,
De alma franca vou combater.
Ali terei que resistir,
Pro meu refúgio irei fugir,
E eu fujo... Fujo pro meu refúgio.