É triste perceber que o sol já não brilha tanto quanto antes,
E que talvez tá aqui já nem faça tanto sentido.
Perdido em pensamentos, prantos, sentado no banco de uma praça,
Cê se pergunta se esse é o momento que cê se torna igual a quem passa.
Gente, indo e vindo, de trabalhos, faculdades, casas.
Respirando ainda que mortos.
Se apoiando na falsa felicidade de que ser sobrevivente basta.
Desculpe aos entes, mas eu não compartilharei desse rito!
Meu grito, foi abafado pelo silêncio da maioria.
E o pior, é que na real, eu já nem acho isso esquisito.
Dado os fatos, só contemplo o tempo ir embora como nuvens levadas pelo vento,
Sem coragem o suficiente pra quebrar o contrato...
Fico!
Refaço o disfarce por trás da lona, e retorno ao picadeiro como o palhaço pra arrancar sorrisos.
Mas por dentro, a tristeza ainda se move,
E as incertezas ganham forças a cada ciclo de 24 horas que se fecha.
Por mais que eu não queira que isso aconteça...
Tais desejos já não pertencem ao domínio de poderes humanos.
Talvez se o amor não existisse...