Pessoas geométricas, planejadas
Bebem a secura e vomitam suicídio
Gabinetes e vidas encaixadas
Num desenho lógico de olhares sem sentido
A estabilidade é tão sensata
Pois impede o homem de viver a sua vida!
E se, um dia, olhar para trás e não ver nada
É porque o plano de saúde não cobriu o sacrifício
Das páginas que nunca foram escritas
É o medo que consome os ideais
Porque tudo o que existe é um salário no edital
O governo abriu cem vagas no senado federal!
E eu te pergunto: Onde estão as flores?
Os espinhos te impedem de sorrir?
A felicidade é um crachá?
Analistas infelizes choram pelos tribunais
E lamentam suas idéias e destinos tão iguais
Negociam o desespero
Sem entrada, em simbólicas prestações!
Isso torna tudo tão normal
Os normais!
Yuppies concursados gastam pela capital
Porque brasília tem medo! Porque Brasília tem medo!
E compram cercas que protegem das manchetes de jornal
Porque brasília tem medo! Porque Brasília tem medo!
E a felicidade é publicada no diário oficial
Porque brasília tem medo! Porque Brasília tem medo!
Garotas sonham com príncipes velhos
Montados em cargos no Banco Central
Porque Brasília tem medo!
Porque brasília tem medo!
E as páginas nunca serão escritas
É o medo consumindo os ideais
Porque tudo o que existe é um salário no edital
O governo abriu cem vagas no senado federal!
E eu te pergunto: Onde estão as flores?
Os espinhos te impedem de sorrir?
A felicidade é um crachá?
Analistas infelizes choram pelos tribunais
E lamentam suas idéias e destinos tão iguais
Negociam o desespero
Sem entrada, em simbólicas prestações!
Isto torna tudo tão normal