Fred:
Século XXI, esquisito
Dizem: “estou na paz de jah!”, mas já com a mente em conflito
Certamente eu separei o joio, do trigo
Crescendo e separando vacilão, de amigo
A toda velocidade, com vontade eu prossigo
Novato nessa estrada, sempre correndo perigo
Todo errado mando a ideia certa:
"Não faça o que eu faço, só faça o que eu digo!”
Licença, cheguei pra ficar e já somei quatro comigo!
Inteligência e paciência daqui pra frente eu espero
Nem todo velho é sábio, nem todo sábio é velho
Horas passam, passa a paciência dos meus pais
Décadas passando e os desastres naturais
Compondo a rima sônica, encaixando bem na harmônica
Terremoto devasta, choca placa tectônica
O tempo passa, doença ataca os seus pulmões, peste bubônica
Aos dezesseis só coca-cola, revigora pique água tônica
Se a vida é um desenho, o que eu vivi são só os traços
Pros manos que são firmeza, é nóis, forte abraço
Quero mais disposição, mas se der mole eu pego e faço
Fred da mac é função, de 7 a 7 de março!
É a mac te passando o sentimento, então sinta-nos
Meus alvos não são peitos nem cabeças, são tímpanos
Sim, trago a coerência, não sou garoto boêmio
Seus gritos são incentivos, seus ouvidos, meus prêmios!
Gus:
Mentes brilhantes, pequenos astrofísicos pensantes
Não tenho razão de tudo, também sou mero errante
Constante, meu pai me disse agora a pouco
Que se eu continuar assim, na vida eu vou passar sufoco!
Por pouco, quase que eu não entendi
Por que ainda estava no “ckeb” da paz de gandhi
Uma semana de recesso, moleque não resistiu
Quando pôs o pé pra fora é role com a mac crew.
Partiu! É gastação a noite inteira
Acordando os vizinhos e fazendo alta zoeira
Mas, besteira é quem acha que nos conhece
Toca no mesmo evento e ainda te desmerece...
Quem merece? É coisa que acontece
Então vamos com calma, pra quê todo esse estresse
Na vida, altos reverse pra mais uma prece
Na base de teste que não se repete, tipo uma virada de clap!
Kenyel:
Fico puto com essas paradas
Escrevo o que eu quero, não vem me impedir
Vem me dizendo o que é certo ou errado
Só quer me ver triste, não me ver sorrir!
Não posso falar o que eu quero
Numa letra que faço ou na improvisação?
Em que mundo tu vive? Proclama essa merda
Não é liberdade de expressão!
Sei que não sou a bola da vez
Mas, eu falo aqui pra vocês
Não perca seu tempo com quem quer te ver sofrendo
Eu tô vivendo minha vida, curtindo meus dezesseis.
Não vai mudar, vou seguir rimando com os manos
Um tempo atrás eu ligaria pro que você tá dizendo
Tô atento a tudo mas, não mais me preocupando
Não jogo a toalha e sigo desenvolvendo.
Por onde eu passei, fui fazendo amizades
As quais foram me fortalecendo
Vários rolê de xarpi, rodando essa cidade
No breu da madruga, mesmo perigo correndo!
Pros manos eu falo o que eu faço:
“Não siga meus passos, não faça o que eu falo.”
Crio o meu compasso, no seu bpm faça o que tu quiser
Da forma que vivo, andando eu prossigo, consigo inimigos não tenho motivo
Então conte comigo amigo
Eu tô sempre pronto pro que der e vier!
Lenin:
Desde seis, desde às seis acordado
Levanto revigorado, pensamento fixado
Com os bolsos quebrados, somando com os aliados
Aí você chega, a mina sai e você fica bolado.
Você pergunta: “meu Deus, o que foi que aconteceu?”
É porque você chegou e a mina desapareceu
Pouca idade, mas mantendo a cabeça no lugar
Andando com muita cautela, cuidado pra não escorregar!
Um dia após o outro, já venho aprendendo
Tipo a humanidade, já veio desenvolvendo
Desde menor, eu e você já percebemos que
Cobra não se cria, dá o bote e tem veneno!
E você sempre reclama e diz que eu quero fama
Se eu continuar fazendo música, eu vou morrer sem grana
Sem grana eu vou morrer e você como ninguém
Pra quem quer meu azar, eu só quero o bem
Falou, falou,falou e falar demais foi o seu vacilo
Mas, fica entre nós, só mantendo o sigilo
Som diferente, gostou?
Esse aqui é meu estilo
Devagar, quase parando, tô tranquilo como um grilo!