Pelas estradas que cruzam essas terras em ruínas
Pelas igrejas esvaziadas de suas velhas doutrinas
No leite azedo que já não alimenta mais bezerro ou criança
E nos olhares destituídos de toda vã esperança
Você está vendo
A novidade acontecendo
Pelos palácios embriagados por tantos bens terrenos
Pelas milícias onde a vida humana vale muito menos
Na correnteza que leva pra longe o que em terra firme existe
E na beleza que de algum modo ainda assim resiste
Você está vendo
A novidade acontecendo
Pelas muralhas desmoronando em cada continente
Pelas patrulhas de ideologia muito pouco atraente
Nos terremotos provocados pelas asas de uma borboleta
Nos mais remotos e esquecidos cantos do nosso planeta