Ó, fica de olho, fica ligeiro, porque da última vez
Que o Rei pegou a gente vendendo essas coisas
Na porta do templo sobrou chicotada pra todo mundo
(Tá bom, vamo lá)
Venham nesta segunda-feira
(Olha a toalha do esquecimento!)
E vocês vão ter aqui em primeira mão
(Venham vocês aqui na nossa tenda)
A pedra da prosperidade
(Olha a pedra da sorte, da cura, olha temos toalhas!)
Junto com a pedra você vai ganhar
(Olha a pedra da prosperidade, apenas 500 denários!)
O lenço do esquecimento
(Ó o sal grosso, olha o galho de arruda!)
Onde você vai esquecer de todos os seus problemas hehehe
(Venha até nós, olha o pé de coelho!)
A Parábola do Reino
Versão brasileira, rappers de Cristo
Em um reino distante, onde a graça tornou-se lei
Levantaram boatos infames contra um rei
Dizendo: Já não há mais livre acesso ao trono, ao castelo
Seremos nós o porta-voz do reino entre os servos
Pobres servos não conheciam certo livro
Que contava a história do rei, desde o início
Um rei benevolente, humilde, sábio e supremo
Capaz de dar sua vida por qualquer um do seu reino
E os feiticeiros arrastavam multidões de tolos
Vendendo amuletos, arrancando o ouro do povo
E se alguém se opusesse aquela patota opressora
Aprisionavam o pobre coitado, lá na masmorra
Até que dois bobos da corte do rei, se tornaram amigos
E disseram: Majestade, seu reino está dividido
E o rei, entristecendo-se mas conhecendo aquela casta
Enviou os dois bobos pregando através de metáforas
E os dois bobos da corte estipularam um plano
"Como chegar até o povo?" e a ideia era rimando
Colocaram um palco na praça, reuniram a multidão
E abertamente falavam do livro da revelação
Quem confia em ferradura na porta, tá na roça
Eu já vi burro com quatro, triste, puxando a carroça
É rosa santa, água benta, vela em plena luz do dia
Quem se orienta pelo sol, já não precisa mais de guia
Toalha do esquecimento, esquece tudo até o céu
Cuidado pra tua linha, não recosturar o véu
É pedra da prosperidade, 500 denário o preço
Cuidado pra sua pedra, não ser pedra de tropeço
É vaca santa, é Buda, na orelha um galho de arruda
Confuso que deu chamar na hora do Deus nos acuda
É tanto pro santo descer, joga o santo falso fora!
O verdadeiro descerá, não sei o dia nem a hora
Dos feiticeiros eu zombarei
E do reino eu falarei
As mentiras destruirei
Trago a verdade da parte do rei
Dos feiticeiros eu zombarei
E do reino eu falarei
As mentiras destruirei
Trago a verdade da parte do rei
Dizem ser em nome do rei, qualquer bênção barganhada
Milagre é tirar tudo de quem já não tinha nada
Entrevistando oculto no culto, olha a façanha
Sal grosso só faz milagre numa peça de picanha
Olha o leilão quem dá mais? Quem se habilita se levanta!
Fogueira queima dinheiro, e nego afirma que ela é santa
Qualquer escultura na cultura vira deus de tolo
Tá na moda os burro adorar bezerro de ouro!
Me mostre um homem santo, e eu te mostro três mentiras
Você, o homem santo, e o templo que vocês ia!
Salomão tem seu templo, com amuleto, escultura
O que me espanta é que o filho do rei reside nas ruas!
Feiticeiros ficaram possessos com os dois bobos
E convocaram todo tipo de líder religioso
E disseram: Preparem uma forca no meio da praça
Mas alguém bradou em alta voz: Ah! Agora basta!
Voltando-se para o dono da voz instalou-se um alvoroço
Era o rei vestido de mendigo no meio do povo!
Há tempos tenho caminhado entre vós, mas me rejeitas
Não me recebem como rei, mas aceitam todas as seitas!
Homens governam suas vidas, pobres escravos da lei
Sem saber que pra liberdade, foi que vos libertei
Impostos exorbitantes, guardados em cofres quebrados
São roubados, nada sobra pros necessitados
Me buscam de maneira errada, se perdem em religião
Meu habitat é o amor ao próximo, a comunhão
Acepção e soberba, assim o reino se desfaz
O maior servo foi meu próprio filho, Príncipe da paz
Não levantei juízes, nem sequer intermediadores
Sacerdócio maior nem menor, nem senhoras nem senhores
Amam o príncipe da Pérsia, seus rituais e mentiras
Vos jogarei junto com ele, no calabouço da minha ira!
Dos feiticeiros eu zombarei
E do reino eu falarei
As mentiras destruirei
Trago a verdade da parte do rei
Dos feiticeiros eu zombarei
E do reino eu falarei
As mentiras destruirei
Trago a verdade da parte do rei
Dos feiticeiros eu zombarei
E do reino eu falarei
As mentiras destruirei
Trago a verdade da parte do rei
Dos feiticeiros eu zombarei
E do reino eu falarei
As mentiras destruirei
Trago a verdade da parte do rei
Homens, prendam esses impostores
E joguem eles no lago de fogo
O qual eu joguei o dragão
A antiga serpente
Essa história é baseada em fatos
Não, não, não, não fala não, mané, isso é sujeira
Não é pra falar? Então tá
Fim (Hahaha)