Você tem as formas das minhas gavetas
Pediu tempo pros cometas
Te embalo nas juras da serenata
Seu cabelo na ponta de uma caneta
Não é som de lágrima
Diz que me ama
Já é o tempo que te chama pra tudo
Acalma minha alma
Pois eu sou os poemas escritos
Na parede do seu quarto e coração
Feitos pela sede do seu jeito na confusão
Sua orelha com os brincos de borboleta
Sabem das palavras abstratas
Que eu digo sem ninguém ver
Quem ama não sabe o porquê
Não é som de lágrima
Diz que me ama
Já é o tempo que te manda os recados
É melhor chorar do que ser triste
É melhor respirar e ser imensamente
Acalma minha alma
Pois eu sou os poemas escritos
Na parede do seu quarto e coração
Feitos pela sede do seu jeito na confusão
Apaga a encruzilhada
Pois chove e é madrugada
Uma chuva que cai e desfaz minha razão
Uma curva que vai muito além da direção