Prazer
Quem fala é a voz da reciprocidade
Equilibrista com prós e contras
Devolvo melodias
Prazer
Entenda que eu recito a cidade
Te apresento a lista se queres psicopatia
Tédios ganham vida
E quem não vive
Medos ganham rostos em quem não se impõe
Estrategista nato
Me contive em te apontar o declive
Onde eu me conheci
Antagonismo ao que tu supõe
Ofusco teu riso frouxo
Igual a cristal boliva
Sou malvindo quando sinto
Que um olhar se torna alarme
Questão de tempo é relativa
Se tu considera a vida da tua alma
Ou duração da tua carne
Que diferença faz?
Sinto um frio aqui
Pelo gelo de vozes putas
Tanto vi que a maldade
Cresce entre chances inúteis
Sinto a claustrofobia
Da prisão invisível moderna
Cláusulas levam o que sobra
De um cerebelo que hiberna
Me faz ser um tanto insensível
Pra porcos e vacas
Notório senso de humor
Em época fraca de
Insanidades e goles
Se precisar
Sou tipo um bastardo inglório
E arranco teu escalpo na faca
Vida é como um roteiro do Stanley Kubrick
Que terror psicológico
Me traz reservas de rancor
Dos seus propósitos baratos
Eu descobri que os simpáticos patéticos
Ainda formam cão
Mas ollha no meu olho e deduz
A temperatura cai
O sangue aposta a proporção
Papo retilíneo não flui
Talvez o punho traduza
Pavio aposentei
Um milímetro pra explosão