Pega essa milonga, as garras
O cusco, as tralhas e salta pra fora
Milonga matreira que ao peito ressona
Florão de floreio, pra gente esquecer
Que viver, andar bruto, fazendo de tudo
Tocando no rádio, botando no mato
Caronas e bastos, virando os arreios
Resolvi fazer
Essa milonga de louco
Escrita em clave de esporas
Nota dentro, nota fora
Porque a vida é mesmo assim
Seja pro mato ou pra lida
Seja de voltear ou de soco
Se for milonga de louco
Eu grito: larga pra mim!
(Essa milonga de louco
Dos loucos, de louco, lá da fronteira
Tem uma ginga, mandinga
Que faz essa vida ficar mais faceira
Ela é de faca na bota
Buscando a volta sempre a cavalo
Ela é de campo e invernada
É da pá virada depois de um pealo)