Nem bem golpeava o dia
E já havia em meu semblante
Um ar de quem distante reunia a gadaria...
Às vezes nem se tem o mate da manhã,
E o tom da poesia no violão!
Arrematei a prosa pra ouvir o meu cavalo
No campo, bocando o pasto,
Costeando um espinilho...
Às vezes o tordilho renega com as ovelhas,
Enquanto atoro lenha
À sombra de um galpão!
A vida pra quem fixa os olhos num luzeiro,
Entre a manada e o bando,
A palavra infinda o verso...
O resto o pampa acolhe dentro d'alma,
Quando alguém sangra uma milonga
Causeriando a dor!
Enquanto molhava o dia, o fogo lambia a carne
E o tempo de compadre
Enchia mate no galpão...
Cantando o coração,
O amor prepara uns "fiambre",
Adiante da tristeza e da sofreguidão!