Eu trago emalado em meus versos
cabeçada, bucal,
peiteira, rabicho.
Preparos, trançados, ponteados,
e um toque rasgado
de gaita no ouvido...
Encontros de pampa e cavalo
nas pechadas do tempo
nos invernos de maio.
E um gosto de erva lavada
nas coplas de mate!
Eu trago tranqueando ao passo
um poncho pisado,
uma dor de a cabresto.
Um zaino-negro tapado
pingo bem enfrenado,
escramuçado de freio...
Quarteadas de charla e silêncio
no campo rimado
de uma chamarra campeira...
E a alma batendo na marca
de volta a fronteira!
Eu trago aquerenciado comigo
uma ponchada de amigos
uma guitarra nos braços...
E uma boinita tapeada
regalo do Toro Passo!