Alma triste e infeliz que se tortura
No tormento que punge e dilacera
Para quem nunca trouxe a Primavera
Dos seus pomos dourados de ventura
Sou teu irmão, e intrépido quisera
Trazer-te a luz que esplende pela Altura
Afastando essa dor que te amargura
Nas ansiedades de uma longa espera
Mas há quem guarde as gotas do teu pranto
No tesouro sublime e sacrossanto
Dos arcanos de luz da Divindade!
Há quem te faça ver as cores do íris
Da fagueira esperança, até partires
Nas asas brancas da Felicidade