Serei navalha e tu serpente
Serei serpente e tu navalha
Pra me cortar
A carne, o fruto do ciúme
Abre a cortina dos teus desejos
Feche seus medos, abre a retina
Deixe eu te olhar
Tu tens o sol e voas devagar
Eu tenho o breu da noite como par
Me sinto chuva enchendo o alguidar
E espalho nuvens em teu calcanhar
Plumas ardentes, na tempestade
Brotam sementes, eternidade
A dissipar