Sabe um beijo na boca
Meu corpo agasalha seu corpo que é meu
Longe e tudo é distante
E a mente aproxima meu corpo do seu
E vem a noite seu corpo macio
Descança no leito de um sonho real
Tocar na maça serão os seus seios
A forma precisa de um quadro ideal...
Sabe mas nunca se sabe
O amor é um lado o avesso há de se revelar
Sempre a busca machuca dois corpos
Que o tempo insiste em separar
Seis da manhã seu fogo queimando
E o vento levando o desejo num vôo atroz
Buscar no seu sexo a chama acesa
Nas horas que o tempo roubara de nós...
Nunca mas nunca se cale
É preciso que o beijo seja forte demais
Grite mesmo que grite só
O amor é preciso como as águas no cais
Mas finda a tarde a voz já cansada
Procura calada o canto que é irreal
E nem o alarme disperta o tempo
O tempo foi longe foi num vendaval.