Sou mais um rosto no meio da multidão
Nesta luta eu sigo a caminhada
Sou Rocinha na alma e no coração
Acredito na força da pátria amada
Buscar, jamais desistir
É nó na madeira!
A vida inteira sonhei e venci
Mesmo com as dores do meu pranto
Indo aos trancos e barrancos
A fé não me deixa cair!
Meu sopro pioneiro, rito ancestral
O mundo tupi, minha herança
No enlace do sol e da lua
Magia de amor em forma tão pura
E no balanço do mar
Em caravelas o conquistador
Em nome do pai
Minha terra abençoou
Tem procissão, devoção em romaria
Castidade neste solo tropical
Tem banquete, festa e fidalguia
Na corte da família imperial
Oh mãe África!
Vou rufar o meu tambor
No ritual de adoração da tradição nagô
Igualdade sim, a escravidão chegou ao fim
Índio, branco e negro
Miscigenação!
Povo guerreiro, filhos deste chão
Mergulhei nesta país tão diferente
Que tem samba e tem repente
Sou do nordeste, cabra da peste
Um elo então surgiu
A "nova roma é Brasil"