Kaô, kaô, kaô, cabesile xangô (kaô)
Kaô, kaô, meu pai são joão batista é xangô
Um homem de nobre linhagem
No trono, audácia e coragem
Em orum, orixá virou
Com seu oxê justiceiro
Derrama luz nos terreiros
Emana a força do seu calor
Ele bradou na aldeia (salgueiro)
E aqui vai bradar (salgueiro eu sou)
Vestido de vermelho, coração guerreiro
Se apaixonou (se apaixonou)
Nos ventos de iansã (eparrei oyá)
Nas aguas de oxum (ora yê yê oxum)
Num ato de amor, fez enlouquecer
Obá xirê
A crença resiste na alma
Em cada filho de fé
São tantas imagens, um só protetor
Na igreja ou no candomblé
Terra abençoada pelos deuses
Axé, oranifé!
Oba nixá relô keodo
Toca o alujá para o rei nago
Oba nixá relô keodo
De joelhos meu pai, agô
Deixa trovejar, deixa trovejar
Hoje tem gira de santo para o grande obá
Lá do alto da pedreira nosso padroeiro
Traz justiça e esperança para os filhos do salgueiro