Vou colher umas orquídeas
E levá-las comigo
Elas têm que parar de sangrar
Antes do amanhecer
Vou colher umas orquídeas
E levá-las comigo
Ninguém poderá nos deflorar
Muito menos você
Elas tinham suas pétalas carnudas
Regadas pela água da chuva
Então vieram os bárbaros
E destroçaram sua beleza
Uma negra, uma selvagem
Esperando pelo momento
Enquanto a água do prazer
Fosse a base do poder
Vou colher umas orquídeas
E levá-las comigo
Elas têm que parar de sangrar
Antes do amanhecer
Vou colher umas orquídeas
E levá-las comigo
Ninguém poderá nos deflorar
Muito menos você
Meninas violadas numa guerra sem fim
Sem piedade foram estraçalhadas
No caminho da felicidade
Mercenários e bruxas malvadas
Conspiraram na escuridão
E a bromélia chorava enquanto partiam seu coração
Vou colher umas orquídeas
E levá-las comigo
Elas têm que parar de sangrar
Antes do amanhecer
Vou colher umas orquídeas
E levá-las comigo
Ninguém poderá nos deflorar
Muito menos você
Voando com as vespas espaciais
Chupando um cachorro-quente
Olhe para mim e faça o que eu fizer
Atirando o pau no gato
Vamos dar a meia-volta
Tira, bota, não deixa ele ficar
Pegue sua bazuca e atire no pau do gato
Mas se eu falhar você não vai desistir
Minhas veias estupradas não vão ser injustiçadas
Um porco, uma cabra
Um sacrifício, uma vida sem fim
E um galho entre as pernas é fácil de quebrar
Vou colher umas orquídeas
E levá-las comigo
Elas têm que parar de sangrar
Antes do amanhecer
Vou colher umas orquídeas
E levá-las comigo
Ninguém poderá nos deflorar
Muito menos você
Muito menos você
Muito menos você