Perdido nos caminhos do planeta terra
Pontinho obscuro ante a imensidão
O ser humano sofre por não conseguir
Atravessar a ponte da recordação
Barreira caprichosa que devagarinho
Envolve para sempre todos os mortais
E eu sendo um deles não fugi à regra
Das malhas da saudade já não saio mais
São seis horas, o sol se esconde,
O mundo se acalma
Revejo o passado com os olhos da alma
De novo vibrando com tudo o que fiz
Longos anos
Que se retrocedem através dos meses
E se recordar é sofrer duas vezes
Deixe que eu sofra para ser feliz.
O mundo colorido dos meus 15 anos
Abrindo seus caminhos a quem crê em Deus
A idéia repentina de já ser adulta
A lágrima sentida do primeiro adeus
A grande amargura se manifestando
No último abraço do primeiro amor
E o Carrossel da Vida da menina grande
Se perde para sempre no além sem cor
Oh, infância!...
Trilha luminosa no céu da saudade
Restos pequeninos de felicidade
Flutuando sempre na imaginação
Verdes campos, lindas borboletas e
E milhões de flores
Juventude alegre, sonhos multicores
Sobre a tela branca do meu coração.