Esse apartamento
Fica a quarenta anos daqui
Mas mesmo assim eu entro
Pra abraçar a caçula
Viajar sem passaporte fazendo um som
Pra conhecer a liberdade e a luta
E a nascente de toda ironia
Mas sobretudo entro pra conversar com dona ode
Delicada guerreira
Ela me dá um lanche, toca piano
E eu canto uma canção
Mas saio antes de dizer
Que ela um dia será minha avó
E que eu um dia farei
Uma canção pro apartamento que jamais conhecerei
Mas visito em devaneio pra matar a saudade
Visito em devaneio pra matar a saudade
Visito em devaneio pra matar a saudade
Visito em devaneio