Corre a noite, de manso num murmúrio,
Abre a rosa bendita do luar
Soluçam ais estranhos de guitarra
Oiço, a o longe, não sei que voz chorar
Há um repoiso imenso em toda terra,
Parece a própria noite a escutar
E o canto continua mais profundo
Que uma página sentida de Mozart!
É o fado. A canção das violetas:
Almas de tristes, almas de poetas,
Pra quem a vida foi uma agonia!
Minha doce canção dos deserdados,
Meu fado que alivias desgraçados,
Bendito sejas tu! Ave Maria!