Quanto tempo eu vivi com medo de viver
Condenado pelo que passou e fez sofrer
E nas orações que fiz tentando te encontrar
Teus silêncios me fizeram quase duvidar
Mesmo assim, creio que a tua mão
É que dirige bem de perto cada passo meu
Futuro incerto, escuridão
E desacertos, contramão
Retalhos do que a vida fez de mim
Mas sigo sem olhar pra trás
Pois sei que teu poder me faz
Bem mais do que já fui ou poderia ser sem ti
Quanto tempo eu perdi tentando me esconder
Por de trás de quem não sou e aparento ser
Quanto tempo eu segui os meus impulsos maus
Por caminhos tão estranhos, ilusão fatal
Mesmo assim, creio que a tua mão
Vai transformar o pouco que sobrou de mim