As coisas que tem agora vão se transformar depois
O adeus tradicional foi trocado pelo oi
Eu fui tropeiro e me lembro o tempo que já se foi
Cavalgando nas estradas alertando com a boiada
Gritando forte eira boi
Tropeiro de antigamente tinha um trabalho pesado
Tropeava léguas e léguas em seu cavalo montado
Uma mula com cargueiro transportava o revirado
Mas o progresso chegou e logo então transformou
Em saudade esse passado
Na poeira lamacenta deixava o rastro a boiada
Hoje o sinal dos pneus é marca firme na estrada
Se nota a evolução da jamanta carregada
Levando em velocidade o gado rumo a cidade
Para chegar à charqueada
Minha canção é um remédio acreditem por favor
São mágoas de um tropeiro que me ardem com ardor
É o passado no presente é verdade sim senhor
Parece me ouvir no cerro as batidas de um cincerro
Amenizando minha dor