Faz tempo, faz muito tempo
Que ando montando cavalos
Pingos de lei, e respeito
Dei confiança pra um pealo.
Sou campeiro e sou feliz,
Em riba do serigote
Pois é no lombo de um pingo
Que eu levo a vida aos pinote.
Pra os que andam de acavalo
Este canto é montaria
Que de a trote ou a galope
Vai espalhando alegria
Tropel de cascos
Desbravando poesias
Cavalhada de notas
Relinchando melodias
Numa tropilha de versos
Sentei arreio e montei
Levando a rima a cabresto
Pelo pago me larguei
Num trotezito campeiro
De espantar solidões
Acendo um fogo de chão
No aconchego de galpões.