Quando a igualdade não havia
A revolta foi a via contra a força da opressão
Uma voz se ergueu outras mais então
Movimento que surgia...salve o povo da bahia!
Sei que a rebeldia que trago no peito
Tenho direito de eternizar
No canto libertário que se espalha pelo ar
Lutar, acreditar, sonhar...ser mais brasil!
Criar a pátria amada mãe gentil!
Há nos búzios a mensagem de cada irmão
No quilombo novos ares: Libertação!
Em canudos conselheiro e a sua fé
Cabanagem no pará, na nenê samba no pé!
Vai o baticum do olodum no pelourinho
Um só coração, um só caminho
Canto a igualdade, leva a união
Vence toda a discriminação!
Sonhei que a terra é do agricultor
Cidadão encontrou o abrigo do lar
Eu vi a força unificando a luta sindical
Mulheres defendendo um ideal...
De volta ao seu lugar a zona leste incendeia
O anhembi vai levantar:
A minha vila tem sangue na veia!
Chegou, chegou o gueto do samba!
Quilombo da gente a mais querida
No coração matildense
Nenê é minha águia, minha vida!