Eu quero virar poeta
Eu quero fazer estrela
Eu quero uma bota velha
E uma velha realeza
Quero tinta preta
Pra escrever minha poesia
Cavalo de fogo eu monto
Cavalo de Troiá eu passo
No trote desse compasso
Ultrapasso e ainda sonho
Com a medida de um espaço
Pra caber o que componho
Eu quero virar profeta
Eu quero seguir estrela
Eu quero cuidar da Terra
E dos bichos, com destreza
Quero a natureza
Pra reger minha poesia
Na estrada do mundo eu moro
Da estrada, contos e causos
Caminhos entre percalços
Nem verdadeiros, nem falsos
Verdade é que também
Na estrada do mundo eu choro
Eu quero virar poeta