Atravessei o rio e mergulhei na contramão
Afundei no asfalto e notei que ali não dava chão
Na lei da gravidade não passo de um marionete
Cigarro sem almaesem fumaça preencheu o meu pulmão
Sorrindo o riso da maldade assassinei o meu irmão
Sete noites, sete doses, sete corpos estendidos no caixão
Remando o barco da saltade encontrei meu violão
Seguindo leito em chamas a maldade preencheu meu coração
O riso do relógio derreteu todo o tempo em minhas mãos
Na fumaça da saldade o asfalto distorceu minha visão
Carne e osso, pão e vinho semisturam em perdição
Sete velas, sete rosas testemunham a força da estrema unção