O espelho cospe
No prato em que comeu
A infância volta
Sem saber que se perdeu
No final só fica o desconforto
Do menino que se sente homem
Do homem que se sente velho
Do velho que se sente morto
A rotina pesa muito mais
Que de costume
O passado perde a forma e cresce
No volume
No final só fica o desconforto
Do menino que se sente homem
Do homem que se sente velho
Do velho que se sente morto