A pata erguida pra o céu
Revela um caso perdido
No desconforto da pose
De olhar o campo invertido
E o lenço maragateado
Que a "solinge" desenrola
Lembra bem um condenado
Nas campanhas da degola...
Em toda volta da esquila
Que veio na reculuta
Deixou um velo na cancha
Pra um bichará de lã bruta
Quem mais ponteava o rebanho
Com cismas de capão macho
Se "quedou" no fio da faca
Com a cabeça pra baixo
Tomara fosse a razão
Pra morrer "dependurado"
Encher o prato vazio
De algum rancho deserdado
Mas quem vive nos arreios
Gastando ferro de estrivo
Tem que sangrar um capão
Sem perguntar o motivo