Quatro e meia da manhã,
No escuro matinal,
Da janela desse quarto revirado
Vejo nas esquinas passam alguns
A muito trepidar,
Similar a uma lembrança
De nós dois
Uma noite de luau
Uma brisa litoral
É o cenário perfeito
Pra te enaltecer
De platão ao carnal
Na minha vida um vendaval que
Não consegui conter
Nem esquecer
Oito e meia da manhã
Já não sou mais racional
Do vazio desse quarto revirado,
Lembro
Do teu jeito anormal,
Do perfume usual,
Que infesta o meu ser
Um despir tão sensual
De um romance casual
Que nunca pude compreender
Nem esquecer
Já perdi minha sanidade
Em algum lugar dessa cidade
Que eu passei
Na busca por você