Foi de ferida em ferida que eu vi: não vale a pena cultivar carinho pela dor que eu senti.
O tempo é lento, mas consegue consolar o choro e a dor, mas resta a memória que não me deixa esquecer.
Mas eu sei que existe o fundo do mar, o lugar pras minhas mágoas lançar, pra perdoar, me libertar e nunca mais lembrar.
São essas águas turvas que vou procurar quando a amargura me sondar, pois nelas Tua graça afogou os erros meus.
A Tua perfeição se estende desde o céu até o escuro do oceano, tornando invisível o que eu lá deixei.
Me ensina a ir pro fundo do mar, o lugar pras minhas mágoas lançar, pra perdoar.
Se o eterno insiste em me redimir, que o orgulho não me venha impedir de querer chegar ao fundo mar, o lugar pras minhas mágoas lançar, pra perdoar... pra perdoar, me libertar e nunca mais lembrar.