Eu era pequenino
Ouvia meu pai cantar
E as canções que ele cantava
Dava gosto de escutar
Talvez, com as suas cantigas
Serei cantigas de amor
Eu hoje sou violeiro
E também sou cantador
Os meus versos são rimados
Igual às rimas do vento
Que vão contando segredos
Pros rincões do firmamento
A cada nota sentida
Que nasce do coração
Parece estrelas brilhando
No universo da canção
Em cada cantiga que eu canto
As minhas tristezas espanto
E a voz pelo vento se vai
O meu canto não tem fronteira
Eu canto da mesma maneira
Que aprendi com meu pai
Eu trago no sentimento
O cantar dos passarinhos
O murmúrio das cascatas
E a poeira dos caminhos
Trago o perfume das águas
Onde se boia a morena
A liberdade dos campos
Onde corre a seriema
Em homenagem ao artista
Cantor e compositor
É que eu fiz estes meus versos
Com respeito e com amor
Agradeço as radialistas
E vou tirar meu chapéu
Pros artistas que hoje cantam
Lá pelos palcos do céu