Nós somos reféns do medo
E não temos mais nem pra onde correr
Pois o crime arromba porta, pula os muros
E não existe mais nenhum lugar seguro
Pra onde apontar? Pra onde correr?
Quem é capaz de nos ouvir gritar
Se nossa justiça está cega e morta
E nossos direitos todos violados?
Bala perdida corta o céu
Retirando vida e sonhos dos cidadãos
Pois o povo é o único alvo a tombar
Nessa guerrilha, nessa guerra civil disfarçada
E o que fazer? Pra onde escapar?
Se a violência crescer e o crime se espalhar?
O planalto com suas corrupções
Gera a ira
Dá a luz as mentiras
Que alimentam as Facções
E explodem rebeliões