Na gafieira, segue o baile calmamente
Com muita gente dando volta no salão
Tudo vai bem, mas, eis, porém, que, de repente
Um pé subiu, alguém de cara foi ao chão
Não é que o Doca, um crioulo comportado
Ficou tarado quando viu a Dagmar
Toda soltinha dentro de um vestido saco
Tendo ao lado um cara fraco
E foi tirá-la pra dançar?
O moço era faixa-preta, simplesmente
E fez o Doca rebolar sem bambolê
A porta fecha
E enquanto dura o vai-não vai
Quem está fora não entra
Quem está dentro não sai.
Mas a orquestra sempre toma providência
Tocando alto pra polícia não manjar
E nessa altura, como parte da rotina
O pistão tira a surdina
E põe as coisas no lugar.