Um olhar… Um sorriso… E a chama pega,
Qual incêndio em cerrados estivais…
Nosso amor é qual fogo na macega,
Que, se começa, não se apaga mais!
Nem mais o mundo vejo, ficas cega,
Perdemo-nos nas luzes siderais…
Divina sorte a nossa, ninguém nega,
Pois é assim que Deus quer os seus casais!
Espaço e tempo em nossa intimidade,
São causas e efeitos conflitantes
Que vejo confundindo a identidade;
Nem sei o que sentimos, qual amantes:
Se instantes de uma eterna eternidade
Ou a eterna eternidade dos instantes!