A chuva varre as janelas do teu apartamento.
A minha bagagem repousa ao abrigo do vento
E eu nem preciso olhar para ti
Para saber o que esperas de mim.
Tu queres-me fazer cumprir
Coisas que eu não prometi.
Tu também sentes na pele o sopro da mudança,
Mas ficas sentada na sala á espela da esperança.
Aprendemos juntos a enfrentar o frio,
Embarcámos juntos no mesmo avião
E agora tu queres parar...
Dormir na margem do rio.
Mas, basta-me saber que há sempre alguém a lutar contra a corrente
Para me apetecer saltar,
Ir a nado ao lado dele,
Derretendo com o olhar
Todos os muros de gêlo
E não consigo descançar
Enquanto não alcanço uma nova nascente.
Dizes que suportas ver-te sózinha ao relento,
Mas tudo o que fazes é soltar o teu longo lamento
E eu vou para o meio da multidão,
Não levo a virtude nem a salvação,
Mas levo o meu calor
E uma guitarra na mão
Mas, basta-me saber que há sempre alguém a lutar contra a corrente
Para me apetecer saltar,
Ir a nado ao lado dele,
Derretendo com o olhar
Todos os muros de gêlo
E não consigo descançar
Enquanto não alcanço uma nova nascente.
E quando te voltar a apetecer seguir em frente,
Se me quizeres acompanhar,
Canta uma canção de amor,
Pinta os olhos cor de mar...
Pôe no teu peito uma flor,
Traz um amigo qualquer
E vamos juntos abraçar o sol nascente