Não sou cria de perdiz, mas cresci a campo fora
Começando a lida cedo, antes do romper da aurora
No braseiro adormecido, bater tição com tição
Café preto com guerrudo, depois de um bom chimarrão
As coisas da minha terra, a nossa tradição campeira
Que cantamos com orgulho, no trancão dessa vaneira
Pedacinho do Rio Grande, minha terra hospitaleira
Onde mantemos acessa a nossa tradição campeira
Dou a volta na invernada e vou gritando com o gado
Antes de nascer o sol o rodeio está formado
Conheço o gosto da terra, da mangueira o poeirão
Só pealamos para capar ou em dia de marcação
As coisas da minha terra, a nossa tradição campeira
Que cantamos com orgulho, no trancão dessa vaneira
Pedacinho do Rio Grande, minha terra hospitaleira
Onde mantemos acessa a nossa tradição campeira
Meu potro solto das patas, dá segurança no arreio
Pra um aparte na mangueira ou na volta do rodeio
Só a dente de cachorro, do mato eu tiro o touro
Nunca brinco com perigo, mas do perigo eu não corro
As coisas da minha terra, a nossa tradição campeira
Que cantamos com orgulho, no trancão dessa vaneira
Pedacinho do Rio Grande, minha terra hospitaleira
Onde mantemos acessa a nossa tradição campeira
Esta é uma pequena mostra da nossa vida campeira
Se fosse falar de tudo daria umas mil vaneiras
Recordar é manter viva a chama da tradição
Sou gaúcho e me orgulho das coisas do meu rincão
As coisas da minha terra, a nossa tradição campeira
Que cantamos com orgulho, no trancão dessa vaneira
Pedacinho do Rio Grande, minha terra hospitaleira
Onde mantemos acessa a nossa tradição campeira