Minha cabeça não para
como a moenda de um moinho
num constante soco
empurrada pelo sopro
debulhando grão a grão
debulhando grão a grão empurrada pelo sopro
que leva e traz meu pensamento
leva e traz o questionamento
leva e traz o meu pensamento
leva e traz
uma semente vai, vai com o vento
espero que ela caia, caia no solo
o meu ser precisa de colo
para desenvolver, para lhe devolver ao solo
e eu tento não pensar em nada
mas o nada é água que se estende na jornada
deságua no leito do rio
Oh, mundo moinho
Minha cabeça não para, não
gira o mundo nessa imensidão