Nesta folga domingueira
Tracei um buçal de estouro
Pra amanunsiar a meu modo
Esta beleza de mouro
Lonqueando tentos cantava
Minha própria confidência
Pra fazer deste cavalo
O melhor desta querência
Um bocal de tamanduá
Lombilho, cincha e carona
E aquele retorno de quebra
Pra levar a sia dona
Quem doma sabe o valor
De um flete manso e ordeiro
Valente, doce de boca
Para um aparte campeiro
Pelo fiador do buçal
Que é meu santo protetor
Este crioulo de lei
É a alma do domador
O valor de sua raça
Semeará aos quatro ventos
Co'a força do seu estado
A bate cola dos campos
E o meu Rio Grande que de longe
Vem montado neste embalo
Será grato à vida inteira
Às patas deste cavalo