Essas mãos - artistas
Conjugando planos,
Sanga... rio e mar...
São correntes lerdas
Contornado pedras
Na vontade eterna
Do redesenhar.
Essas mão - cativas
Assinando textos,
Editando avessos
Sem pestanejar...
Descurando trilhas
Nas rotinas tantas,
Refazendo malas
Pra, sequer, andar.
Amassar o barro,
Quando ainda é tempo.
Porque água existe
No planeta azul...
Modelar o sonho
Que a esperança encilha
Na paz, andarilho,
De abraçar meu sul.
Essas mãos - paradas
Nas veredas nuas,
São verdades cruas
Nos beirais do chão...
Sem cuidar a terra,
Sem colher o trigo,
Sem plantar o futuro,
No antever do pão...
Essas mãos - campeiras
De laço... e de arado...
Essas mãos, mãos - benditas
Urbanas... fabris...
Essas mãos eternas,
Essas mãos luzeiras
Refarão a teia
De um viver feliz!!!